Altas Capacidades
Porque potencial elevado também precisa de acompanhamento?
Nem sempre as crianças e jovens com altas capacidades são facilmente reconhecidos ou compreendidos. Muitas vezes, o seu funcionamento emocional, cognitivo ou social desafia os adultos à sua volta — e o seu desempenho escolar nem sempre reflete todo o potencial que possuem.
Nesta área de atuação, o foco está em identificar, compreender e apoiar o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes com características de sobredotação, talento específico ou alto rendimento cognitivo. O objetivo não é acelerar, mas ajustar o contexto às necessidades específicas da criança, ajudando-a a crescer de forma equilibrada, motivada e com sentido.
“O mais importante não é o quão alto se pode chegar, mas sim o quão inteiro se consegue crescer.”
— Inspirado por conceitos de desenvolvimento integral




Quando pode fazer sentido procurar apoio?
A criança demonstra curiosidade intensa, pensamento abstrato precoce ou aprendizagem acelerada;
Apresenta interesses muito específicos e profundos para a idade;
Mostra sinais de desmotivação escolar, tédio ou frustração perante tarefas rotineiras;
Manifesta hipersensibilidade emocional ou dificuldade em lidar com erros e frustrações;
Revela maturidade verbal ou reflexiva acima da média, mas imaturidade social;
Os professores levantam dúvidas sobre um perfil de altas capacidades ou talento específico;
Existe um desequilíbrio entre as competências cognitivas e a regulação emocional ou comportamental.
O acompanhamento começa com uma avaliação psicológica e/ou neuropsicológica, que permite compreender o perfil de funcionamento da criança ou jovem — incluindo a sua forma de pensar, sentir, aprender e relacionar-se.
A partir daí, é desenvolvido um plano de intervenção personalizado, que pode incluir:
Promoção de competências socioemocionais e autorregulação;
Trabalho sobre a motivação, autoexigência, perfeccionismo ou baixa tolerância à frustração;
Orientação vocacional precoce ou exploração de áreas de interesse e talento;
Articulação com escola e família, ajustando estímulos e expetativas.
Mais do que potenciar resultados, a intervenção procura equilibrar o desenvolvimento emocional e cognitivo, permitindo à criança ou jovem sentir-se compreendido/a, valorizado/a e apoiado/a nas suas características únicas.